Multipropriedade: o uso inteligente de bens é o futuro que chegou e veio para ficar

Por Maria José de Souza Arakaki (Sócia da Arakaki Advogados)

Você já ouviu falar de multipropriedade, fractional ownership, shared ownership ou time sharing?

Seja a título de investimento ou a título de uso pessoal, são poucos os que nunca ouviram falar sobre um desses institutos acima.

Se você ainda não conhece, recomendamos nossos artigos anteriores que explicam com riqueza de detalhes os institutos, mas para simplificar o tema podemos afirmar que todos os institutos tratam do uso inteligente, compartilhado e com valor proporcional ao tempo de uso.

Cumpre esclarecer que a ideia inicial era o uso inteligente de bens de luxo, tais como aeronaves, embarcações e carros de luxo e logo a ideia foi estendida aos bens imóveis.

Muitas pessoas, que embora tivessem alto poder aquisitivo, se perguntavam: por que pagar integralmente por um bem que não é usado todos os dias? E se houvesse um meio mais interessante de compartilhar esse bem e consequentemente os custos de manutenção?

Para esse questionamento surgiu a solução perfeita: o compartilhamento.

Hoje o compartilhamento de bens está sendo amplamente usado nos Estados Unidos e na Europa sob uma das denominações mencionadas acima.

O compartilhamento é inegavelmente o futuro que não só já chegou como veio para ficar.

Muito embora os brasileiros tenham um apego inexplicável com o domínio exclusivo de seus bens, a cultura está mudando por influência mundial, bem como pelo conhecimento que as pessoas estão tendo acesso e as vantagens advindas deste tipo de negócio.

Hoje, um bem de luxo ou mesmo um bem de alto padrão pode ser adquirido por um preço considerado acessível e proporcional ao tempo de uso.

A multipropriedade é interessante tanto para quem compra quanto para quem vende, porque para o empreendedor nunca haverá prejuízos já que a manutenção é rateada pelos coproprietários e para os coproprietários é um investimento interessante pelo baixo custo, pelas despesas que são compartilhadas e pelo tempo de uso proporcional a sua necessidade e disponibilidade.

O compartilhamento é o futuro porque as pessoas não têm tempo e nem dinheiro para perder, então a multipropriedade traz uma alternativa adequada ao tempo e dinheiro que a pessoa tem disponível.

Imagine o seguinte exemplo, se você adquire sozinho um apartamento na praia por R$500.000,00 (quinhentos mil reais) e só usa o apartamento nas férias, por certo que durante o resto do ano a propriedade é um prejuízo porque você paga todos os impostos e as despesas sozinho e não usa o imóvel com frequência.

Por outro lado, imagine que você adquira uma fração de propriedade correspondente a 1 (um) mês por ano e para sempre, pagando uma média entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 100.000,00 (cem mil reais) por um apartamento dentro de um empreendimento que pode contar com estrutura hoteleira, já está mobiliado, conta com serviço de quarto, serviço de manobrista, eventualmente pode contar com lavanderia etc, por certo que esse tipo de negócio é bem mais interessante porque você paga pelo que você usa e ainda pode eventualmente lucrar colocando o imóvel no pool hoteleiro (caso seja da natureza do negócio, tendo em vista que há empreendimentos que são exclusivamente para uso do titular que pode alugar ou emprestar, mas que não há pool propriamente).

Com o tempo estão surgindo empreendimentos para todos os tipos de exigência, perfil, gosto e bolso.

Pense sobre o assunto, pesquise e verifique a melhor oportunidade imobiliária para você.

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